domingo, 17 de outubro de 2010

“sermos menos hipócritas”

Estas histórias para escrevê-las em detalhes somente num livro, vou sintetizar algumas e colocá-las mostrando, período de provas e resgates que me ajudaram a diminuir as pressões que sofri com os obsessores que atuavam em minha vida, digo os diretos, os que influenciaram diretamente todos os meus projetos e trabalhos que realizei e os que foram impedidos de serem concluídos de forma direta ou indireta.
Logicamente tive essas situações em toda a minha vida, mas existem momentos especiais com grandes resgates, e são esses que pretendo mostrar.
Gostaria de colocar algumas observações: em geral nós que reencarnamos nesse planeta, que ainda está no período de provas e expiações, e que felizmente em breve entrará no período de regeneração, temos muito ainda que resgatar, e além dos resgates sociais, familiares, pessoais, temos ainda que conviver com nossos irmãos em desequilíbrio, que nos coloca como responsável pelo que passaram, seja o que for ou em que época tenha sido, estamos ligados pela sintonia cármica, isto é, o obsessor por acreditar que tem o direito de fazer justiça com as próprias mãos e quem é obssidiado pelo sentimento de culpa.
Temos com esses encontros a possibilidade do entendimento. Esta é a palavra chave para todos os processos de obsessão, todos sem exceção.
Na época de Chico Xavier, Emmanuel seu mentor, disse a ele as três regras para o sucesso do trabalho, “disciplina, disciplina, disciplina” e eu sinto que o plano espiritual tem mostrado que não existe desobsessão, sem três regras muito claras: “entendimento, entendimento, entendimento”.
O entendimento é necessário para que a lei maior de “causa e efeito” sejam à base de tudo, e que ela se faz cumprir pelo exercício do “livre arbítrio”, que dá a todos sem exceção as mesmas possibilidades.
É claro que um espírito não tem o direito de fazer justiça com as próprias mãos, e nem capacidade para isso ele tem, já que seria necessário conhecer todos os ângulos, sentidos e sentimentos, sem contar as circunstâncias de cada ato, de cada indivíduo e o momento do ato, ou dos atos. Se continuar, qualquer espírito obsessor ficaria confuso, e é por aí que começa o entendimento, a dúvida de estar fazendo a coisa certa, e começar refletir com seus atos.
Sem passar por experiências não teríamos como desenvolver nossa evolução, e é por isso que é dito na doutrina que o mal não existe, e que o mal é a ausência do bem.
Vamos ver se fica mais fácil assim: superar e aprender com o mal que nos fazem, ou assim: superar e aprender com a dor que sentimos nos confrontos com as diferenças.
Estou tentando mostrar que as mesmas coisas podem ou não nos atingir, e mesmo atingindo, podem ou não nos afetar, vai depender de como vemos e encaramos tudo isso.
O convívio com nossos desafetos, encarnados ou desencarnados, tanto faz, já que somos todos espíritos que estamos nessa ou naquela situação de momento, “nada é, tudo está”.
Eu mesmo tive encarnações nas quais exerci o poder de forma errada, abusei dele e prejudiquei muita gente de forma coletiva.
Tem quem possa questionar que não sabemos sobre nossas vidas passadas, mas também não podemos fechar nossos olhos, tapar nossos ouvidos, e subestimar nossa inteligência, apenas para ficar presos a conceitos ou preconceitos que limitam o desenvolvimento de nossa capacidade de pensar, e conheci um pouco do meu passado usando o bom senso e tendo a oportunidade de conversar com várias entidades que se colocavam na condição de meus obsessores.
Ainda como adolescente, ou pré-adolescente, entre 12 a 13 anos, quando passava uma experiência muito difícil, me deitava, concentrava não lembro bem como e agradecia a Deus porque acreditava estar me fortalecendo para cumprir um trabalho maior, e isso sem que ninguém tivesse ensinado ou até mesmo soubessem que fazia isso, e mesmo como adolescente sempre dizia que não estava aqui para isso ou aquilo, coisas que são importantes para as pessoas, as famílias, a sociedade em geral, e sim para ser útil a sociedade que vivo, só não tinha noção de como isso se daria, e nem quando.
Esse foi o início da formatação das ideias de resgate coletivo, de me sentir devedor da sociedade em geral, e demorei muito para por isso tudo em equilíbrio, quero dizer que isso ainda é um processo em desenvolvimento, como é o sentido da evolução.
Estou me alongando para tentar de forma detalhada exemplificar certas nuances da desobsessão, já que nessa parte do livro precisamos tentar entender o melhor possível sobre isso tudo, o “entender”.
Ler histórias ou contar histórias podem ajudar, mas o estudo se faz necessário para entender, podemos apenas ler ou podemos buscar o entendimento do assunto, já que é essa a proposta.
Já superei há muito tempo essas experiências aparentemente "malucas" que vou relatar, e só estou fazendo para enriquecer as possibilidades das experiências que ocorrem por aí que passam despercebidas e até vistas com desdém, visto que temos o homem velho entranhado em nosso ser, temos medo daquilo que nos incomoda, que nos remete as nossas falhas e imperfeições que batemos no peito e dizemos: “somos imperfeitos”, mas quando nos deparamos com nossas realidades através do que nós vemos nos outros e queremos esconder de nós mesmos, viramos as costas, ou agredimos quem faça ou criticamos seus atos.
É por isso que a máxima do espiritismo não é somente a caridade, o amor, é também “sermos menos hipócritas”, e é muito fácil comprovar, quando Kardec pergunta: qual a melhor religião que existe, a resposta é bem direta: “é aquela que o maior número de homens de bem fizer”, e o mais importante: “menos hipócritas”.
Isso vale para tudo e todos em qualquer situação da vida, buscar o crescimento através do “entendimento”.
Acho melhor começar a contar as histórias antes que tenha de mudar o nome do livro.

Um comentário:

  1. Uma gde verdade meu amigo!!!Se procurássemos nos conhecer de verdade, muita coisa poderia ser mudada em nós mesmo e daríamos muito menos trabalho ao plano espiritual, com certeza! Abços

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